quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A despedida de um amorzão e sua lição

           Minha amiga do coração Nina e meu amado Cato

É com muita, muita, muita tristeza que comunico a quem conheceu este doce gatinho,  que o nosso Cato faleceu no último sábado dia 21/09/13. Não existe palavras para descrever o quanto tá doendo, dói demais de engasgar a garganta. Já perdi muitos animais, infelizmente até pelo meu trabalho eu convivo com isso mas este é um caso diferente.
Pra quem não sabe o Cato morava no antigo canil do PAAR, conheço ele desde 2009/2010. Sempre teve problema respiratório que não respondia a antibióticos.  Infelizamente passou frio e fome durante muitos anos de sua vida, quando finalmente no ano passado pude levar ele pra minha casa onde ele recebeu muito amor, amei demais este gato que sempre foi muuuuuito carinhoso com quem se aproximava: gente, gato ou cachorro, não importava,  ele transpirava gratidão e carinho. Em dias úmidos parece que piorava  e o caso dele estava se agravando, era velho e tinha cada vez mais dificuldade para respirar. Estava nos meus planos fazer exames, testar felv, internar se fosse o caso, mas finalmente resolver o problema dele  e dar o tratamento que sem dúvida ele merecia...mas a minha realidade, não escondo, não é essa! Infelizmente eu tenho que escolher um gato de cada vez para dar o tratamento correto. Ainda este ano o meu Sabbath vai fazer uma cirurgia que vai custar mais da metade do meu salário, é muito necessária, então mais uma vez o Cato teria que esperar...mas ele não aguentou! Estava comendo bem e eu estava me "fiando" nisso. Subestimei a gravidade de seu problema, com certeza havia alguma  coisa séria no seu pulmãozinho e me deixa muito triste e com muito sentimento de culpa não ter tido condições de tratá-lo a tempo.
Este post é apenas um desabafo de uma protetora impotente diante da realidade que é cuidar de animais muitas vezes doentes, velhos e que requerem cuidados que sem sombra de dúvida eu não alcanço sozinha...novamente encho os lhos d'água lembrando do meu docinho entrando no banheiro sozinho para ganhar sachê separado dos outros ou  me culpando pelas vezes que lhe neguei colo ou não deixei que dormisse na minha cama por que sempre enchia tudo de ranho. Muito triste, vou morrer com esta culpa, mas dessa vez eu não venci... Espero que ele tenha passado dias felizes e do fundo do coração que ele tenha sentido o amor que eu tenho por ele e como ele era especial na nossa casa. Me perdoa meu anjinho!

2 comentários:

  1. Não se culpe! Tu é a pessoa que mais se importa e melhor cuida dos bichinhos que eu conheço, Dedica tua vida pra eles. Deu uma vida muito feliz pra ele. Muito melhor do que a que ele tinha lá, abandonado naquele terreno! Com certeza não teria sobrevivido tanto tempo sem você! Não faltava nada pra ele na tua casa. E ele gostava da companhia dos outros. Um dia tu vai perceber isto. Tu assumiu as obrigações de muita gente sozinha. Não é justo se culpar agora. Já faz mais do que é humanamente possível! E ele sabe disto!

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  2. Um gatinho ou cão que vive 1 ano de cuidados, vale pela vida inteira que não recebeu. Nenhum deles é eterno, infelizmente, e a gente não sabe se haveria o que fazer, realmente. Claro que dói, mas morrer feliz, cercados de família/amigos é o que todos nós queremos para nós, e com certeza, teus gatinhos/cadelas são felizes e são cercados de carinho, por ti e entre eles. Um abraço, Carol

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